Sabemos qual é a nossa missão?

 

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século”. Lucas 28.19,20

 

Acostumamo-nos a ouvir sobre a com a grande comissão. Tanto que ela se tornou padrão e fundamento para a missão da igreja. Mas devemos lembrar que, segundo o NT, ela não foi a motivação principal da missão na igreja do primeiro século.

A difusão do evangelho não se deu por uma nova “lei”, mas foi o resultado natural da nova vida em Cristo. Não depende da letra, mas do Espírito; não do que ele ordena, mas do que ele é, o Espírito do amor, compaixão e anelo de Deus pelos que estão afastados Dele. Isso moveu a igreja, e deveria nos mover hoje. Mas somos a geração que cresceu ligada em edifícios, eventos e serviços, projetados para atrair e entreter. Jesus nos enviou ao mundo, mas mudamos a ordem “ir e ser” para o convite “vir e ver”.

A igreja não existe para satisfazer crentes consumidores; e sim para equipar e mobilizar para a missão. O seu maior propósito é encarnar os valores do Reino e testificar do amor e justiça manifestos em Jesus. Vivemos a dicotomia entre missionários, chamados para servir, e cristãos comuns, que desfrutam da salvação, mas estão fora da obra que Deus quer fazer no mundo. Reduzimos a missão a um esforço missionário transcultural.

A grande comissão é um chamado a igreja para se dedicar a formar pessoas que reconheçam o senhorio de Deus, se integrem ao seu povo e executem o mandato de Jesus através de seus dons e talentos, incluindo todos os aspectos da vida. É um chamado à missão integral, a participar na formação de cidadãos do reino dispostos a obedecer a Deus em tudo.

Em nossas igrejas temos mais equipado ou entretido? Estimulamos os irmãos a viverem em missão por onde andam ou a frequentarem os cultos?

 

Adaptado “Ainda sabemos qual a nossa missão”, Roberto Assis